Logótipos

Memória de África

As metamorfoses do olhar não revelam apenas quem olha;
revelam também, tanto ao próprio como ao observador, aquele que é olhado ?"

Dicionário dos Símbolos; Jean Chevalier, Alain Gheerbrant.

O logótipo criado para o projecto "Memória de África" visa representar de uma forma gráfica, clara e imediata os objectivos do projecto, recorrendo a elementos simbólicos e representativos dos laços históricos, linguísticos e culturais que ligam Portugal aos países africanos de língua portuguesa, a África Lusófona. Estes elementos baseiam-se nos valores encontrados na arte africana. Para além do seu valor estético, geralmente, a arte africana contém também um valor funcional. Existe uma grande preocupação em aliar a beleza visual com o significado simbólico. As formas simples, equilibradas, lineares e exageradas que se encontram na arte tradicional africana servem para transmitir significado e clareza, que por seu lado ajudam a transmitir o seu propósito.

A identidade gráfica desenvolvida para o projecto Memória de África procura aliar estes dois valores, estético e simbólico, utilizando elementos que se encontram na arte africana para representar a memória, o laço afectivo e nostálgico existente entre Portugal e o continente africano.

O elemento gráfico, uma figura estilizada do olho, baseia a sua estética nas formas e cores encontradas nas máscaras tradicionais africanas, e o seu significado provém das simbologias relacionadas com essas mesmas formas e cores. O olho representa a visão, as recordações e a memória. É o olhar tanto para o passado como para o futuro. A composição de círculos e anéis para representar o olho estimula a ideia de ligação, aliança, comunidade, e um destino associado.

Em África, a cor, tal como a arte, é carregada de significado, de sentido e de força. O amarelo ocre, cor da terra e da luz, neutra e intermediária, representa a intuição; o vermelho, cor do sangue, da vida, da paixão representa o sentimento; e o preto, cor das provas, do sofrimento, do mistério representa o tempo e a existência.

Sandra Cruz, designer; criadora da imagem do Projecto Memória de África®

Memórias de África e do Oriente

O logótipo desenvolvido para o portal rebaptizado  Memórias de África e do Oriente teve o propósito de comunicar as memórias históricas e culturais que relacionam Portugal e a Lusofonia, nomeadamente os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e o estado de Goa, no Oriente.

Na proposta apresentada, o elefante constituiu o elemento gráfico de destaque. Através deste animal, símbolo da força, da longevidade, da prosperidade e da sabedoria, pretendeu-se realçar um elemento de forte expressão cultural, transversal a ambos os universos geográficos.

Os elefantes de espécie africana e asiática foram anteriormente usados como peça de artilharia em combates e no transporte de carga. Na actualidade, estes animais constituem uma fonte de entretenimento e de atracção turística. Na Índia, a figura do elefante possui também um forte simbolismo religioso, associado ao hinduísmo, mais concretamente à figura de Ganexa, uma das mais conhecidas e veneradas representações de deus.

Sendo o   Memórias de África e do Oriente um portal de memórias, a expressão popular memória de elefante é também representativa do desígnio do portal. Este enunciado é comummente empregue como sinónimo de ter boa memória, isto é, ter facilidade em preservar os conhecimentos adquiridos por um longo período de tempo. Esta ideia é assim intrínseca às pretensões do projecto Memórias de África e do Oriente, que se propõe potenciar a "memória dos conhecimentos em arquivos, centros de documentação, bibliotecas e ficheiros de instituições, individuais e organizações", através de uma biblioteca virtual de referência, acessível a todos os interessados.

Inês Costa, designer; criadora da imagem do Projecto Memórias de África e do Oriente

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